Punheta no bus

Punheta no bus
Se eu gosto de sexo? adoro
se gosto de homens? sou maluca
Todos me comem? Claro que não!
Os meus requisitos são rigorosos, aliados aos meus métodos de selecção exigentes.

Como gosto de ser seduzida? isso já é contigo, mas dou -te uma pista: “adoro ser tocada e apalpada em transportes públicos. – Estás à altura?
Os jornais tinha noticiado o episódio de forma escandalosa. Sabem como é, Correio da manhã, o maior pasquim do nosso país, que assenta em (nu)ticias de escândalo, só para pagarem os ordenados de alguns barrigudos que mandam naquela porcaria.
Sim, é verdade que tinha havido assédio no autocarro, e também é verdade que as pessoas bateram no pobre coitado… mas foda-se eu estava a gostar pra cacete!
Todos vocês devem ter lido a noticia. Mas as pessoas deixam-se hipnotizar pelo que os media impingem, mas querem ouvir a minha versão dos acontecimentos?

Era sexta feira, e dia de “São receber” e os transportes públicos, como sabem estão à pinha. Para os mais distraídos, sim é verdade que as mulheres são apalpadas nos transportes públicos. Se nós gostamos?… Eu nem sabia que gostava, até aquele dia.
Quem me conhece sabe que gosto de me vestir de modo sexy. Gosto de saltos altos, gosto de vestir leggins bem justas, e os meus decotes, sempre muito insinuantes…
Se o faço para provocar os homens, perguntam vocês? – Nao, não faço!
Se eles se excitam comigo e me assediam – Centenas de vezes ao dia!
Mas o fundamental disto tudo é que me sinta bem comigo mesma. Concordam? então vamos prosseguir…

Quando entrei para o “28” ainda estava meia ensonada e só pensava no dia de trabalho que tinha pela frente, pois às sextas feiras as coisas apertam no escritório onde sou administrativa. O autocarro estava apinhado de gente, e quando fazia curvas mais apertadas, havia sempre uns que faziam de almofada de outros. E foi numa dessas curvas mais atribuladas que senti aquela mão a apalpar-me o bum bum. Inicialmente até dei o beneficio da duvida a mim mesma e considerei até se não seria fruto da minha imaginação. Mas nem tardou para que o gesto se voltasse a repetir. Agora mais demorada mente. Era uma mão de homem, robusta e quente. Porra, o gajo estava a tocar no sitio certo, e fazia-o de uma forma quase artística. “foda-se mas o que se está a passar comigo?”
Nunca olhei para trás para tentar perceber quem era. Mantive-me serena, mas por dentro já estava cheia de calor e tesão.
Entretanto ele tinha parado. Fiquei a ponderar se ele tinha saído numa das paragens. O autocarro andou mais uns quilómetros, e nada. Vocês podem não acreditar, mas eu estava ávida por daquilo. merda, eu estava a gostar…

Não demorou até que ele voltasse ao ataque, mas desta vez não usou as mãos. Ele estava mesmo a roçar o pau em mim. Sentia que ele procurava a frincha das minhas nádegas para perpassar a ferramenta dele. Oh sim, era maciço e volumoso e eu não conseguia evitar os seus avanços porque estava louca de desejo. Estava húmida, molhada e sentia-me perversa ao ponto de não ser capaz de travar o impulso de o apalpar. Queria senti-lo nas minhas mãos, queria tomar-lhe o volume, o peso e a temperatura. Respirei fundo e joguei a mão aquele mastro vigoroso. hummm, estava a quente, e soltava uma leve baba viscosa que me untou os dedos. Afaguei-o e acariciei ao de leve. Senti aquele pénis a endurecer através da cadência do meu toque. Era como um anima selvagem que ficava cada vez mais enfurecido à medida que era provocado, mas… não tinha sido isso também que ele fizera comigo? agora era a minha vez.

Olhei de soslaio para os homens que estavam à minha volta, mas nâo consegui identificar de imediato o meu duelista. Desconfiei de um homem de meia idade , que trajava um fato treino vermelho. Usava óculos escuros e era cool. O rosto dele fazia-me lembrar o Eli Wallach – ( O “mau” do filme “The Good, the Bad and the Ugly”) e isso ainda me excitou mais, pois adorava aquele gajo quando era miúda. Aquele ar de sacana porco, excitava-me nunca compreendi porquê.
Agora via-me nesta situação rocambolesca, mo meio de um bus super lotado, onde nem há espaço nem para respirar. Caramba, ha tantas leis de prevenção na estrada, e para estas condições desumanas de transportar pessoas não há nada? fico a pensar se os Judeus nas carruagens a caminho de Auschwitz, não teriam melhores condições… Já estou a divagar e a dizer merda. Eu sei. Quando fico excitada, sou assim parva, perdoem-me os leitores…

O pau ele estava mais rijo do que uma barra de aço, e agora eu não me limitava a acaricia-lo, eu estava mesmo a bater-lhe uma punheta. Foi quando comprovei que ele era mesmo o gajo que desconfiava – chamemos-lhe “Eli”.
O rosto dele expressava um misto de presunção com desenfreamento, e isso motivou-me a continuar a masturba-lo. Ia-me vingar dele. Ia fazê-lo vir-se mesmo ali, depois ele que se desenrascasse. E assim pensei, e assim o fiz, Até cuspi na mão de modo discreto para o lubrificar melhor. Faltava uma paragem para eu sair, então não parei. O bus estava barulhento, as pessoas falavam alto, talvez devido ao ruído do motor entrar pelo compartimento a dentro,sei lá. ninguém reparava em ninguém, estava tudo frenético.
Comecei a sentir a sua palpitação, estava impaciente para se esporrar nas minhas mãos. Comecei a contar de 10 para trás:
9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 e…
Inesperadamente a camioneta fez uma travagem brusca, e quem não estava bem agarrado, foi na vaga colectiva, uns contra os outros. Eu segurei-me bem, mas optei por me agarrar ao varão, e largar o mastro que tinha na mão.
Foi quando vi o Eli a ir contra a velhota que estava sentada mais à esquerda e esporrar-lhe o croché que ela fazia durante a viagem com tanto afinco. Oh merda…Aquilo ia correr mal para o lado do meu assediador. A velha começou aso berros, a chamar-lhe porco. O Eli, com o pau de fora, ainda meio atordoado pelo orgasmo, não sabia se havia de guardar o pénis ou fugir, As pessoas encetaram um cerco ao sujeito. Mas eu recusei-me a permanecer ali para assistir aos desfecho daquilo. O autocarro parou na paragem , e aporta abriu-se como uma fuga para a liberdade.
Nao olhei para trás. Abandonei o autocarro e segui caminho em direção ao meu local de trabalho.
O desfecho da historia só o conheci no dia seguinte quando li o jornal.

FIM

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