Ligia

Ligia
Alguma vez na vida, em algum momento da nossa longa esperança de vida, deitamos algo a perder quando encontramos realmente quem nos completa e não aquela pequena miragem que tínhamos criado na nossa mente, chamada de “família”. Bastou um pequeno sorriso no canto da sua boca, para saber que era ali que me queria perder.

Conheci-a num perfeito acaso.

Quando a vi pela primeira vez, perdi-me nas suas curvas.

Veio ao meu bar, primeira vez que lhe coloco os olhos em cima, e não consegui mais tirá-los da sua direcção. Mas foi no final da noite ao fazer o pagamento com o cartão de crédito que consegui o seu nome e depois um sorriso, seguido de um tímido “Obrigada, boa noite”.

Assim que saiu da área do meu radar, os meus olhos concentram-se em encontrar, naquele pequeno talão, o seu nome para rapidamente a ir pesquisar nas redes sociais. Achei-a e tive a ousadia de lhe pedir amizade em todas as redes sociais existentes.

Quando chego a casa de mais uma noite de trabalho, encontro o meu filho deitado na cama com a mãe. Dormem que nem dois anjos. Aproveito o momento para ver se tinha resposta da mulher de cortar a respiração, mas nem um sinal.

Três dias se passaram até a mulher maravilha aceitar todos os meus pedidos, até mesmo o pedido para aparecer novamente no meu bar.

Passei o dia todo a ansiar pela noite, para a ver. Apareceu passado quatro horas de eu abrir o estabelecimento. Vinha acompanhada com um grupo de amigos. Desta vez vejo-a mais sorridente. Tão bela aquela mulher! Tirava-me o fôlego.

O pedido saiu furado e pouco consegui falar com ela. A noite terminou e eu apenas consegui um sorriso rasgado. Suspiro só de me relembrar dele.

Os dias foram passando e eu ia conseguindo aos poucos ir trocando algumas mensagens com a Lígia. Todos os dias ia descobrindo um pouco mais sobre ela. Tinha que conseguir ter uma conversa pessoal com ela, mas a minha mulher tinha-me numa cerca bem apertada. Ao fim de três semanas consigo finalmente tomar um café com a Lígia, mas bastante cronometrado.

No final do café, ao acompanha-la até ao seu carro, tentei beija-la. Ela resistiu como já tinha feito antes por mensagens, por eu ser casado, mas ela não negava a minha amizade. “Amizade já não é mau!”, pensei.

Ficámos mais um pouco à conversa até que eu tentei novamente provar aqueles seus lábios tão suculentos. Tinha a minha cintura a pressiona-la contra o seu carro. Respiro bem junto da sua cara, o meu nariz toca na ponta do seu. Cheiro-lhe o pescoço, roçando a ponta do meu nariz na sua pele. Respiro calmamente, estou a saborear o momento. Até que volto a encará-la. Ela respira fundo.

– Que pensas que estás a fazer? – pergunta-me.

Segurando-lhe no rosto com as duas mãos digo-lhe:

– Isto!

Beijo-a. Não quis esperar mais. A minha língua correu para dentro da sua boca e ao encontrar a sua língua dancei com ela.
Ela afasta-se.

– Eu não consigo. Vai contra o que eu acredito. – diz-me.

Junto-a novamente a mim e beijo-a. Ela retribui. A sua língua procura a minha.

Após um beijo de deixar qualquer homem sem respiração, a sua perna já estava à volta da minha cintura.

Afasto-me dela, quebrando a sintonia das nossas línguas e digo-lhe:

– Vês?! Tu também queres.

Dou-lhe mais um beijo intenso até continuar:

– Tenho que ir bonequinha. Envia-me o teu número, que me dizes?

Ela olha perplexa para mim. Lambe os lábios enquanto olha para os meus. Agarra-me na cara e viola-me a boca. Aquela mulher está insaciável, carente. Afasto-me e digo-lhe:

– Fico à espera desse número.

Dou-lhe um beijo rápido nos seus lábios carnudos e afasto-me em direcção ao meu carro.

Quando me sento carro verifico o meu telemóvel: quatro chamadas e duas mensagens da minha querida cara-metade.

“Onde me fui eu meter?! Aquela mulher fez-me perder a noção do tempo”, pensei.

A Lígia fez-me perder o timming da rotina que tenho com a Beatriz.

“Bem, tenho sempre a desculpa de estar com um fornecedor”, pensei.

Passaram-se semanas até conseguir estar novamente com a Lígia. O nível das nossas conversas evoluiu desde o café que tomamos. A Lígia, tal como eu, foi demonstrando o seu nível de tesão. As fotografias que me enviava ao longo do dia, aos poucos, iam dando cabo de mim.

UmAcaso02

A Lígia invadiu a minha mente. Aterrorizava-a até a dormir.

Fui buscá-la ao trabalho, naquela noite pedi ao Rúben para fechar o bar por mim. Levei-a até a um motel. No caminho questionava-a, sempre a rir-me:

– Mas tens a certeza?

A um certo ponto, farta de me dar sempre a mesma resposta, coloca as pernas sobre o tabliê da carrinha. A saia do seu vestido deixou-se cair sobre o assento, deixando as suas pernas, bem bronzeadas, totalmente expostas. Os meus olhos concentraram-se nelas durante um pouco até que me lembrei que tinha que estar atento à estrada. Resisto em tocar-lhe. Começa a fazer balões com a pastilha elástica, tal como uma miúda e com uma voz muito inocente diz-me:

– O que achas?

Olha para mim, ri-se e faz estar mais um balão.

Ao chegarmos ao quarto, enquanto eu andava a ver as instalações, ela já se tinha deitado na cama, completamente nua.

– Não queres vir experimentar a cama? – pergunta-me com um ar maroto.

– É para já!! – e começo atrapalhadamente a despir a camisa.

Ela observa-me atentamente, ri-se ao ver-me tão atrapalhado. Abre e fecha as pernas calmamente, até que me diz:

– Também és assim tão atrapalhado com a tua mulher? Coitada. O que ela sofre à tua espera…

Solto uma gargalhada.

– Cheia de piada a menina ! – digo ao mesmo tempo que me deito sobre ela, e continuo – Mas não, é só contigo. Atrapalhas-me os fusíveis.

Consegui deixar a Lígia de tal forma constrangida que as suas bochechas começaram a ficar quentes. Começo por beijar cada recanto daquele corpo. Ela remexe-se ao sentir o toque da minha língua sobre a sua pele. A minha língua tornou-se irrequieta ao sentir o calor das suas pernas.

Aquele corpo, aquele calor, aqueles movimentos, aquela mulher. Aquela mulher deixava-me maluco, ardente, desejoso e sedento por mais, mais daquela deusa com um corpo astral.

Lancei-me à sua vagina, a minha língua deambulou pelo meio das suas pernas vagarosamente. O seu sabor era divinal. Coloquei um dedo na sua vagina e o polegar no seu ânus. O seu corpo estremece e deixa escapar um longo e gostoso gemido. Remexe-se ao longo da cama à medida que vou aumentado a intensidade das minhas lambidelas e penetrações. Agarra-se com força aos lençóis, coloca o corpo teso e aos poucos vai relaxando-o, deixando escapar um gemido longo e bem audível.

Enquanto tenta recuperar a respiração, elevo-me e viro-me sobre o colchão, subindo-lhe depois os quadris. Puxo-a com força para junto de mim. Roço o meu pénis ao longo da sua vagina humedecida até alcançar o seu ânus e por lá me perder. Agarro-a com firmeza pelas ancas até me colocar de cócoras sobre ela e continuar nas minhas infinitas penetrações.

Aquela mulher, aquela Lígia. Aquela Lígia com uma língua de veludo, que me levou até ao paraíso, por onde repousei durante alguns momentos.

O tempo naquele quarto terminou, mas não antes de tomarmos mais um banho com direito a uma brincadeira rápida.

No final da noite deixei a Lígia no seu apartamento. Deixei-a com saudade, deixei-a desejando e ansiando pela próxima noite juntos.

Bir yanıt yazın

E-posta adresiniz yayınlanmayacak. Gerekli alanlar * ile işaretlenmişlerdir