Quanto mais prima mais se lhe arrima
Chegava mais um verão e aquelas férias de sempre…
Como todos os anos passava um mês na casa da minha tia, em Albufeira. Já tinha feito por lá amigos, tinha também mais família, então o convívio e as festarolas eram garantidas.
– Estou?
– Então tia, como estás? Preparada para mais um mês de reboliço aí por casa?
– Sofia! Então sobrinha! Desta vez demoraste uns dias a dar sinal de vida. Claro que sim! Eu e o tio já estranhávamos ainda não teres dito nada, mas já contávamos contigo. Até o teu primo tem perguntado quando vinhas. Já sabes. Fazes parte da casa sempre, mas nesta altura do ano és mais que garantida sobrinha – dizia rindo-se.
Ríamos enquanto contávamos algumas fofocas familiares que nos entretantos das rotinas diárias ficam por contar e alinhavamos alguns pormenores da minha estadia por lá.
– Então é isso tia. Amanhã apanho o expresso por volta das 9 da manhã. Pelas 13H estou na paragem à espera que o tio me apanhe, ok?
– Com certeza menina! – chamam-me assim a família do Algarve – A essa hora ele estará por lá. Faz-me só um favor, não te ponhas a beber cervejas com ele antes de virem que já me basta o vinho que ele bebe.
Ri-me.
– Com certeza, Dona Piedade. Depois cheiras-lhe a boca, mas só a dele – e rimos muito.
No dia seguinte, lá fui eu de metro carregada mais que uma mula de carga, com roupas e sapatos para o mês inteiro que lá ia ficar. Como previsto chego à paragem ainda antes das 9H e apanho o autocarro para Albufeira.
Passado umas tantas horas toca o telefone.
– Oh sobrinha. Onde é que tu andas?!
– Então Zé ! Ainda falta 40 minutos para as 13H. Eu tinha dito à tia.
– Ai foi ? Hm! Ok, então não te preocupes. Está aqui um cafezinho ao pé, vou para lá fazer tempo.
– Está bem tio, vai lá, mas porta-te bem senão a Piedade parte-me a cabeça!
Eu já sabia o que ele queria dizer com “está um cafezinho aqui ao pé” e ele já sabia porque a minha tia me partia a cabeça. São 30 anos nisto estes dois.
Chego pela hora marcada.
– Então tio! – alegro-me em vê-lo e ele também.
– Então sobrinha, tínhamos saudades de te ter por cá. A tua estupidez alegra-nos.
Há que referir que apesar dos meus 28 anos, ele continua a tratar-me como se eu ainda tivesse 8 anos. Não me importo, porque sei que isso os deixa contentes.
– Verdade tio. Também me alegra essa tua maneira tosca e labrega da serra, mas deixa-te lá de coisas e vamos para casa que daqui a bocado a tua mulher liga-me preocupada a pensar que estamos encostados a um balcão qualquer. A propósito, come lá uma pastilha para disfarçar.
Ríamos enquanto falávamos um com o outro. É assim que nos tratamos. É inofensivo. O nosso carinho é bruto e é mútuo.
Chegámos!
– Tia! – abraçamo-nos – Como é que estás ? Estás preta já! Estás bem, como é que haverias de estar!? A bronzeares-te dessa maneira com Coca-cola estás linda.
– Então aprende lá comigo que eu é que sei. Ficas pegajosa, mas depois passa.
– Olha lá, – acrescento – o que é que fizeste para o almoço que cheira tão bem? Já me estás a abrir o apetite? Não quero ir para a praia já pançuda!
– Já vês o que é oh curiosa. Vai lá chamar o teu primo Tiago que por acaso hoje está de folga, – sinto um calafrio pelo corpo todo , – diz-lhe que venha para a mesa, mesmo que esteja a dormir.
– Ok chefe! – respondo.
Claro que o vou fazer. Faço-o com todo o prazer. Se estiver a dormir vou acordá-lo com toda a delicadeza e surpresa que ele merece. Não sei se sabe que viria ou se chegaria hoje. Eu e este meu primo, hum, temos muita enrolação um com o outro, mesmo sem nunca ter acontecido nada, mas desta vez vim decidida. É este ano que vou “matar aquele bicho”.
Truz…truz…truz…
Bati muito ao de leve. Se ele estivesse acordado ouviria, se estivesse a dormir continuaria sem responder e não respondeu. Foi então que abri muito devagar e entrei. Volto a fechar a porta para que ninguém visse que cheguei cheia de truques. Cheguei perto dele e debrucei-me sobre o seu rosto empoleirando-me na cama com uma perna.
– Achas que isto são maneiras de me receberes?
Despertei-o da única maneira que me passou na altura.
– Acorda e veste-te para me dares um beijo que isso não é forma de te apresentares. – disse fintando-o com aquele sorrisinho maroto e aquele olhar de quem procurava algo mais para ver.
– Só chegaste agora? Devias ter chegado mais cedo para o pequeno-almoço. Dava-te Chocapic com leitinho. Uma explosão de sabores.
E pronto! Era oficial. Começava agora a nossa batalha de diretas e indiretas, mas não ficávamos por aqui. Temos lutas, verdadeiras lutas, os dois, diárias. Sim! Literalmente lutas. É assim que apimentamos a nossa “relação”.
Estávamos todos à mesa. Falávamos e riamos que nem perdidos das coisas que se diziam. Para eles, eu tenho um jeito “fino” de lisboeta, eu acho apenas que sou normal, sem aquele sotaque e expressões algarvias.
– Bom! Hoje ainda quero dar um saltinho à praia. Tiago vens com a priminha?- pergunto-lhe.
– Ia se fosses, mas não posso e tu também não!
– Então porquê?
– Porque tenho coisas para fazer no médico e tu vens comigo!
– Ai sim? Então está bem! Percebo o teu nervosismo. Precisas que te dê a mão!- e olho para ele com aquele ar de quem lhe diz “a mão e algo mais”. Ele retribui-me da mesma forma. Ainda acrescento, – aproveitas e dás-me hoje o lanche já que não tiveste oportunidade de me dar o pequeno-almoço.
Esta foi a melhor metida de sempre. Ele cuspiu a comida e eu solto uma gargalhada logo de seguida.
– Mas que conversa é essa a vossa? – pergunta a minha tia – Parecem dois parvos. Sempre foram assim estes dois. Ao menos entendem-se e não chateiam os outros.
Mal sabia ela o quão bem nos entendíamos.
São 16H e estamos no centro de saúde à espera da vez do Tiago.
– Estiveste muito bem hoje à hora de almoço. Não estava nada à esperava daquela. – disse-me.
– Eu percebi, – respondi-lhe. – Pela quantidade de arroz que cuspiste para cima de mim deu para perceber que foste apanhado de surpresa. – digo fintando-o com um sorriso alegre e bem disposto.
– E então?
– Então o quê?
– Tinhas saudades minhas?
– Meu querido, sabes que eu tenho sempre saudades tuas!
Talvez esperasse outro tipo de resposta, como “Eu não! Ai deixa-me! Sai daqui!”. Não! Longe disso! Desta vez eu quero-o e percebi o seu ar admirado. Hoje é sempre a somar pontos. Depois que ele terminou todos os exames que tinha a fazer seguimos para casa novamente.
– Seu montezinho, vamos para a praia?- perguntei-lhe.- Ainda temos mais que tempo!
– Achas? Os meus pais saíram. Acho que vamos aproveitar para ver um filme ali na PlayStation do quarto.
– Ai vamos?
– Acho que sim! Não?
– Vamos sim, claro! Com toda a certeza…
– E qual será o filme?
– Eu e tu…
Respondo-lhe somente com uma expressão no rosto de interrogação com aquele “eu e tu” que me teria dito e ele torna a responder com aquela cara de sacana:
– Eu e tu depois logo escolhemos.
… e de imediato seguimos para o quarto.
Cheguei ao quarto e coloquei-me logo à vontade. Deitei-me. Quando o faço lembro-me “talvez com uns calções estivesse mais confortável … e vulnerável”.
Quem sabe. Adoro perder-me nestes pensamentos e pensar nas tantas possibilidades de coisas que podem acontecer enquanto estivermos sozinhos. É tão errado, somos primos, mas dá-me tanto tesão que me aperto.
– Tiago, vou só vestir qualquer coisa mais confortável. Ainda sufoco com ele calor…
– Está calor não está? Põe-te à vontade e vem logo. Não me faças perder mais tempo. Não tarda estão todos em casa e não temos mais sossego.- diz-me com ar de quem subentendia tanta ordinarice naquela mente. Que delicia!
– Sossega! – respondo-lhe, – temos muito tempo!
Apronto-me em 3 minutos.
– Já está! Vamos lá ver esse filme. A propósito, já podias ter começado a ligar a ferramenta, não?
– Esperava que chegasses para veres primeiro que filme preferes!
– Então mostra lá isso.
Pego nas poucas possibilidades que tinha e começo a ler as sinopses. De facto naquele momento nada me agradava. O meu pensamento estava um pouco mais ao lado, um pouco mais abaixo, mas tentava concentrar-me e escolher um.
– Pode ser este! – E mostro-lhe. Estendo a mão e peço-lhe que coloque. Ele finta-me.
– Não tens mesmo bom gosto. – E aproveita o momento só para fazer pirraça,- de tudo o que te dei escolheste logo este, o pior de todos.
Aproveito o momento para me vingar fisicamente de toda aquela troça. Dou-lhe um estalo e digo-lhe:
– Mas com quem pensas que estás a falar?
Foi o suficiente para corresponder da forma que pretendia. Queríamos os dois aquela luta. Agarra-me nos pulsos e prende-me de forma a que não consiga ripostar.
– Tu bateste-me? – pergunta-me bem perto do meu rosto.
– É preciso dar-te outro para teres a certeza? – E rio-me.
Ao mesmo tempo que o faço tento soltar-me. Claro que ele não me permite e obriga-me a deitar completamente. Fica sobre mim.
– Tenta agora! – ordena-me.
– Podes crer que sim! – E faço-o vezes repetidas, enquanto ele se ri das minhas tentativas falhadas.
Num momento de sua fraqueza e com um golpe de sorte consigo trincá-lo com tanta força que consigo reverter a situação.
– Então super homem! Afinal devíamos ter visto o filme. Sempre aprendias qualquer coisa com ele e agora não estarias por baixo. – Rio-me eu desta vez.
Percebia que ele me deixava gozar um pouco o momento. Bastava ele querer e voltava novamente à mó de cima. Eu percebia e aproveitava.
– Então e agora Tiago, o que é que vais fazer?
Perguntava-lhe enquanto me ajeitava, me abria sobre si e balançava o meu corpo em tom de agressão de forma a que conseguisse, discretamente, fazer tocar os nossos sexos. Via no seu rosto como aquilo lhe agradava.
– Ai ai ai… espertinha! Prepara-te que eu dou cabo de ti. Esse estalo vai sair-te tão caro que nem eu imaginava…
Eu ria-me com imensa satisfação com as suas palavras.
– Quero! Quero muito ver isso! – E continuo com o meu “jogo de cintura”.
Ele ficava cada vez mais louco e eu também com aquela sua mensagem tão sexual que lhe saía pelos poros.
– Mostra agora, mas espero que estejas preparado para receber…
Num piscar de olhos reverte a situação e sem que déssemos por isso sai-nos um gemido ao mesmo tempo, ele quando me pega, me vira e me joga na cama e eu quando sinto toda aquela sua força que traduzida significa “muita tesão” e caiu na cama. De forma agressiva coloca-se por cima, agora ele, mais descaradamente, pressionando o seu pau sobre a minha vagina, e roçava-se, como se tivéssemos mutuamente oficializado o “é agora que vai ser!”. Os seus olhos explodiam de vontade e àquela altura já eu me mordia e queimava por dentro.
– Tens ideia do que vai acontecer agora?- pergunta-me.
Nesse preciso momento colocam a chave na porta de entrada e ouço os meus tios a chegar.
– Tenho sim! Que a muito custo vais sair de cima de mim.- respondo-lhe.
Ouço um “foda-se” que lhe saiu pela boca assim que percebe que está gente a chegar. Achei imensa piada quando vi a frustração em forma de gente. Bom, pensando bem a frustração não era só na sua forma, mas na minha também, mas como já lhe tinha dito, temos muito tempo e eu farei para que torne a acontecer.
As horas passaram. Depois de jantarmos e estarmos à mesa no convívio eis que a minha tia pergunta:
– Então e vocês, além do médico, ainda aproveitaram a praia?
Assumi o momento para responder e mandar ao Tiago uma mensagem subliminar.
– Não fomos à praia. Esse chato preferiu que fossemos comer qualquer coisa à tarde depois do médico e quis aproveitar para descansar.
– Coitadinho! Meu rico filho. Ele realmente trabalha muito, 16H por dia não é para qualquer um. – Diz enternecida.
– Oh pá não tenhas pena dele que ele não merece. Uma besta em forma de gente. E por falar nisso oh besta, estás cansado para acabarmos o filme que me obrigaste a ver no lugar de ir à praia? Não estava com vontade, mas começou a ficar interessante.
Desta vez não cuspiu, mas engoliu e olhou-me de baixo para cima como quem não estava à espera que aproveitasse logo a próxima oportunidade para continuarmos o que tinha sido deixado a meio. Eu disse que viria desta vez com tudo. E vim mesmo! Desta vez não me escapa e quanto mais adrenalina melhor.
Sugiro que vejamos primeiro a novela que não queria perder e deixar o filme para mais tarde, pois a novela não daria para gravar. Mentira! Na verdade só queria fazer tempo para que os meus tios adormecessem e se fossem deitar. Desta vez, até ele foi ver a novela para a sala connosco, coisa que outrora nunca acontecia. Olhem só o entusiasmo…
Passaram-se mais um par de horas. Eles foram deitar-se. Bastou o último sair da sala e nós olhámo-nos.
Sem qualquer vergonha disse-lhe, fazendo-me ser ouvida pelos meus tios:
– Bora lá então ver esse filme? Já se foram todos deitar.- Ri-me discretamente.
Ele olha-me incrédulo com a minha descontracção. Sempre ouvi dizer que quanto mais à mostra, melhor guardado fica e assim seria.
Fomos para o seu quarto. Teríamos que começar tudo de novo. Não que houvesse constrangimento, mas não sabíamos como retomar aquele último momento.
Enquanto ele colocava o filme eu aninhava-me para me por confortável e ele aproveitou. Agarra-me no rosto e diz-me bem perto:
– Aqui não dormes! É para veres o filme…
Sorrio e digo-lhe:
– Tens piada tu!
E é nesse momento que finto o seu olhar friamente. Olho-o fixamente enquanto olho também a sua boca e abro ligeiramente a minha, como quem diz “beija-me”.
Num rasgo de segundos ele acede ao meu pensamento. Num ato de loucura extrema, joga-se para cima de mim e de uma forma muito selvagem toca em todas as partes do meu corpo. Ainda nem estávamos no ato em si, mas o desejo era tanto, já nos perseguia fazia tantos anos que ansiávamos aquele momento mais que tudo. Ofegávamos, tentávamos nós que fosse de forma discreta. Os meus tios estavam a uma distância demasiado perigosa. Ele estava incontrolável e para complicar mais ainda as coisas quis que passasse do beijo. Abro os olhos enquanto o beijo de forma tão fugaz e enquanto o faço peço-lhe a sua mão.
Coloco os seus dedos na minha boca. Transbordava de saliva. Ouço o seu gemido quando o faço. Agarro na sua mão, continuo a olhá-lo fixamente e coloco-a na minha vagina.
– Esta sou eu. – digo-lhe – Estou cheia de tesão e quero que me fodas.
Por esta ele não esperava. À terceira foi de vez. Foi a minha terceira deixa do dia e esta sim, sem dúvida a melhor. A que lhe deu mais vontade, a que o deixou mais louco, a que o fez não conseguir parar mais. Pelo contrário, foi a sua rampa de lançamento.
Como o Hulk, começa a sua transformação e eu que pensava que já tinha visto toda a sua loucura. Despe a camisola. Tira-me os calções e abre-me diante de si. Põe-me os dedos e começa a penetrar-me e a estocar-me como se fosse o seu pénis, ao mesmo tempo que com o polegar da outra mão me estimula o clítoris. E ali fica, mais excitado ainda enquanto me vê contorcer-me e a tentar não gemer e gritar alto. A mão que me masturbava é a mão que de repente leva ao meu pescoço e o aperta. Ele percebeu do que eu gostava e entendeu bem como aquilo me levou ainda mais ao rubro. Agarrava-lhe na mão com as minhas duas mãos e pedia-lhe:
– Fode-me agora, por favor, fode-me. Não pares de me tocar, mas fode-me!
Atende o meu pedido. Leva a sua boca à minha vagina enxarcada, brinca um pouco mais comigo enquanto tem margem para despir as suas calças.
Que material tem este homem! Que família! E eu a pensar que de boas heranças tínhamos pouco. Ainda bem que estava enganada!
Enrola a sua mão no meu cabelo, que aliás, pelo qual nunca escondeu ter um grande deslumbre, puxa a minha cabeça até si e ordena-me:
– Chupa-o forte!
Dessa matéria eu sei! Não gosto de coisas lentas! Só do caminho de casa para o trabalho. Faço o que me haveria mandado.
Ajoelho-me diante de si, mostrando-me completamente submissa. Empino-me o máximo que consigo enquanto o chupo para que consiga ver todas as formas do meu rabo enquanto se delicia com a minha boca quente no seu pau.
Sinto a sua ansiedade. Ele queria pô-lo naquele instante e eu ansiava também por isso, mas fiz o inesperado. Levantei-me, sem que lhe desse tempo de reação e saí do seu quarto e por gestos pedi-lhe que viesse comigo. Despidos pela casa, foi ter comigo ao quarto que seria o meu.
– Agora que estamos um pouco mais refugiados quero que me fodas aqui.. Contra a parede!
Não foi preciso terminar a frase. Sem perder um segundo, agarra-me pelas coxas e encosta-me naquela parede gelada. Ainda consigo senti-la.
– Deixas-me completamente louco. O que é que eu faço-o contigo?
Seriamente respondo-lhe:
– Fodes-me como nunca fodeste ninguém, até não aguentares mais!
Envolvo os meus braços à volta do seu pescoço para que aquela jornada de estocadas de prazer não tivesse fim. Gritávamos e gemíamos ao ouvido um do outro.
Tento colocar-me no chão ao fim de uns minutos e trago-o para a cama. Faço-o ficar de joelhos e sento-me, de costas sobre si enquanto o faço penetrar-me mais e mais e mais. Encosta o seu peito às minhas costas e penetramo-nos enquanto me aperta os seios, me morde a orelha e o pescoço. O pescoço, o meu derradeiro ponto fraco.
Aproveito o momento de puro sexo e olho-o de perfil com aquele ar sacana de quem quer mais um pouco.
Com a sua mão, empurra o meu tronco para a frente deixando-me de quatro, acompanhando o movimento, sempre sem deixar de me penetrar. É nesta posição que eles nunca aguentam. A visão deve ser do paraíso, o controlo deve ser o auge do poder e do domínio, eles nunca aguentam muito mais, a não ser que troquem de posição ou parem um segundo e ele não foi exceção.
– Ah!Ah!Ah!
Sentia-o chegar lá!
Cada vez mais efusivo, a sua respiração cada vez mais descontrolada, as suas palmadas cada vez mais fortes e eu implorando por mais, e é na última estucada, que estava a chegar, que me puxa o cabelo com todo o afinco e se debruça sobre mim.
Quando tudo termina ri-se e diz:
– Não imaginas o que acabaste de fazer! Se já era difícil aguentar, de hoje em diante vai ser impossível.
– Que bom que soltei o lobo mau.- respondi-lhe.
E por ali ficámos, somente naquela noite, claro, um pouco mais rindo um com o outro enquanto rezávamos para que ninguém tivesse ouvido nada do que tinha acabado de acontecer. Em tantos e largos momentos perdemos completa noção de barulho e soltámos as nossas vontades e os nossos desejos há tanto tempo escondidos.
Não será preciso acrescentar que a situação se repetiu vezes e vezes sem conta durante toda a minha estadia, pois não?
Alexa